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André Pomponet
segunda-feira, 3 de maio de 2021 / Publicado em Cidade, Colunistas, Home

O bimestre mais letal da pandemia em Feira

Em abril, o número de mortes – suspeitas ou confirmadas – pela Covid-19 caiu um pouco em relação ao mês de março na Feira de Santana. Foram 94 novos registros, contra 111 no mês anterior. Os números são do Centro de Informações de Registros Civil – CRC Nacional e podem ser conferidos no endereço eletrônico https://transparencia.registrocivil.org.br/especial-covid. É bom ressaltar que esses números se referem à data efetiva do óbito – suspeito ou confirmado por Covid-19 – e não à data de notificação.

O segundo bimestre de 2021 foi o mais mortífero da pandemia na Feira de Santana: 205 óbitos suspeitos ou confirmados pela doença. Março, como se sabe, foi o mês mais mortal. Na sequência, vem exatamente o último mês de abril, empatado com julho de 2020, com as 94 ocorrências já mencionadas.

O recrudescimento da Covid-19 em 2021 é indiscutível. Desde março e até dezembro do ano passado, foram 339 mortes suspeitas ou confirmadas; nos quatro primeiros meses de 2021, já são 313 ocorrências. Tudo indica que, ainda no mês de maio, a triste marca do ano passado será batida. Isso em apenas cinco meses. No total, 752 potenciais óbitos pela doença foram notificados na Feira de Santana desde o começo da pandemia.

É enfadonho repetir, mas só a vacinação em massa vai frear o morticínio no Brasil. Dados da prefeitura feirense indicam que, até sábado (01), 95,7 mil feirenses receberam pelo menos uma das doses da vacina contra a Covid-19. É menos de um sexto da população. Pouco para impedir que muito mais gente morra, sobretudo quando quase tudo está funcionando sem restrições ou com poucas restrições.

Mas, apesar de tudo, a Covid-19 vem sendo menos letal na Feira de Santana que em muitos lugares Brasil afora. Aqui a taxa de mortes por 100 mil habitantes está em 114,75. É muito menor que em cidades como Caucaia-CE, na Região Metropolitana de Fortaleza, que crava 194,13, por exemplo; ou Novo Hamburgo-RS, na Grande Porto Alegre, com impressionantes 302,39.

Inacreditável, porém, é a comparação com São Caetano do Sul, que desfruta de um dos melhores níveis de vida na Grande São Paulo: 421,72. As informações estão disponíveis no G1, em https://especiais.g1.globo.com/bemestar/coronavirus/2021/mapa-cidades-brasil-mortes-covid/ba/feira-de-santana.

Comparando-se com esses lugares, morreu relativamente bem menos gente na Feira de Santana. Mas, mesmo assim, nada justifica o afrouxamento das medidas de isolamento social. A reabertura de bares e restaurantes e o comércio aberto aos sábados parece que transmitiram a falsa sensação de que o pior já passou. Afinal, o que mais se vê por aí é gente sem máscara, despreocupada, feliz com a pretensa retomada.

É bom reiterar: a situação só vai caminhar para a normalidade quando boa parte da população for vacinada. Para tanto, é indispensável pressionar pela aquisição de imunizantes e pelo pagamento de um auxílio emergencial decente para a população vulnerável, que precisa sair de casa para batalhar o pão de cada dia.

São medidas que desagradam o desgoverno de Jair Bolsonaro, o “mito”. Como boa parte da classe política feirense é entusiasta do “mito”, talvez por isso haja pouca ou nenhuma cobrança…

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André Pomponet
André Pomponet
Economista pela Universidade Estadual de Feira de Santana (2002), mestre em Administração pela Universidade Federal da Bahia (2012), exerce o jornalismo desde 1995, quando ingressou no extinto jornal Feira Hoje. Posteriormente, atuou em outros órgãos de comunicação e foi Chefe de Redação da Assessoria de Comunicação Social da Câmara Municipal de Feira de Santana. Atualmente, é colunista do Blog da Feira e Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental na Universidade Estadual de Feira de Santana
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