Além de Feira de Santana e Ilhéus, Alagoinhas agora faz parte do restrito grupo de cidades do interior que já tiveram uma equipe campeã do Campeonato Baiano de Futebol. Hoje (23), jogando na Arena Cajueiro, em Feira de Santana, o Atlético de Alagoinhas bateu o Bahia de Feira por 3 a 2 e levantou a taça pela primeira vez. Em 51 anos de história, a equipe vive seu melhor momento: além do título em 2021, foi vice-campeã ano passado, quando perdeu a decisão nos pênaltis para o Bahia.
Depois de eliminar na semifinal o time sub-23 do Bahia com uma goleada (3 a 0) e empatar o primeiro jogo da final em Alagoinhas (2 a 2) o Tremendão despontava como favorito contra o Carcará. Sobretudo porque jogava em casa, sustentando invencibilidade em seu estádio na competição estadual.
Os primeiros minutos confirmavam o favoritismo: com movimentação e maior volume de jogo, a equipe feirense parecia perto de abrir o placar. O Atlético, acuado, tocava a bola na defesa. Aos 18 minutos veio o primeiro gol, num lance inusitado: Cazumba cobrou escanteio e o zagueiro Iran virou-se de costas; a bola tocou nele e foi morrer no fundo das redes, surpreendendo a defesa atleticana.
Seis minutos depois o próprio Iran empatou para o Carcará, mais uma vez de costas para a jogada: Dionísio lançou a bola na área em cobrança de falta e Iran desviou, surpreendendo o goleiro Jean. A essa altura, a partida já era igual, com o Atlético assustando nos contra-ataques. Num deles, já aos 43, o zagueiro Wesley meteu a mão na bola dentro da área. Ronan cobrou o pênalti com categoria, isolando-se na artilharia do Campeonato Baiano com cinco gols.
Quem esperava maior ímpeto do Bahia de Feira no segundo tempo ficou frustrado: mesmo com mais posse de bola, a equipe criava pouco. Só que, quem não faz, leva: aos 24, numa tabela rápida, a bola foi cruzada para Dionísio que, sozinho, ampliou: 3 a 1. A essa altura, o Carcará já jogava com um a menos, após a controversa expulsão de Gilmar.
O Tremendão só diminuiu no fim do jogo. Numa bola lançada na área, o goleiro Fábio saiu mal e Pelé aproveitou para escorar de cabeça e diminuir a desvantagem: 2 a 3. A partir daí o Atlético não teve dificuldade para segurar o placar e confirmar a vitória, que valeu seu primeiro título baiano em mais de cinco décadas.
Campeão baiano em 2011 – há dez anos – o Bahia de Feira disputou duas finais nos últimos três estaduais. Perdeu para o Bahia em 2019 e, desta vez, repetiu a dose contra o time de Alagoinhas.
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