Grupos de religiosos, a maioria de evangélicos, estão depredando o ambiente natural, principalmente da subida à Serra de São José onde realizam orações, encontros e acampamentos.
O produtor cultural e artista Cesinha dos Olhos D’água também é trilheiro do grupo Cambada Carcará que frequenta o local há muitos anos. Em postagem no Facebook, Cesinha denunciou o crime ambiental.
Ele acusa a “ação irresponsável” aos grupos religiosos que utilizam a serra “como refúgio espiritual e já fazendo de lá a sua moradia com barracas permanentes“.
“A trilha refrescante e coberta por espécies da vegetação nativa, foi aberta uma clareira, praticamente uma estrada na mata com a retirada de árvores, plantas e arbustos deixando um vazio no meio da serra. Muito triste o cenário de devastação à natureza. Deus, salve a natureza“, escreveu.
Essa não é a primeira vez que grupos de trilheiros denunciam a situação ambiental ameaçada por diversos fatores de degradação. O grupo Boca da Onça chegou a publicar um texto da estudante de Geografia, Eduarda Lima que acompanhou os trilheiros.
Percebe-se vários tipos de uso e ocupação em todo o percurso da Serra de São José, como, a retirada da vegetação de remanescentes de Caatinga e Floresta Estacional, substituída pela agropecuária. Isso deixa o ambiente mais vulnerável a processos degradatórios, tais como: a erosão do solo, a compactação do solo causado pela criação de gado, além disso, há fortes sinais da ação de visitantes que deixam para trás muito lixo e poluição visual sobre as rochas. Algumas áreas apresentam sinais de degradação ambiental, pois há manchas de solo expostos e supressão vegetal.