A pandemia da Covid 19 provocou a segunda “morte” do Bando Anunciador, depois que foi “ressuscitado” por obra e graça da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) no primeiro mandato do reitorado de José Carlos Barreto.
O desfile do Bando Anunciador é o cortejo profano e irreverente que anuncia a ‘Festa de Santana’, ou seja, o começo das comemorações religiosas em homenagem a Senhora Sant´Anna, padroeira da cidade da Feira de Santana.
O Anunciador, que na verdade reúne vários “bandos” de várias partes da cidade (na foto, de 2016, um ‘bando’ do bairro da Rua Nova com o popular Nilton Rasta à frente passa pela rua de Santana em direção à Praça da Matriz onde se encerra o desfile), é uma das mais antigas tradições de Feira de Santana, remontando ao século XIX.
Foi extinto em 1987 pela Prefeitura e pela então Diocese (hoje é Arquidiocese) de Feira de Santana mas em 2007, foi retomado pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), através do Cuca, Centro Universitário de Cultura e Arte.
A retomada dessa rica manifestação da cultura popular de Feira de Santana é tema do documentário A Volta do Bando Anunciador, no MEMORIAL DA FEIRA, portal mantido na Internet pela Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Comunicação Social.
Com 30 minutos de duração, o documentário foi realizado pela Uefs, e traz depoimentos de várias pessoas direta ou indiretamente ligadas ao evento, como José Inácio Belmonte, antigo organizador do bando dos Olhos D´água, as antigas festeiras Antonieta Ribeiro e Maria de Lourdes Santana, o cantor e compositor Carlos Pitta, o publicitário Antonio Miranda, o arquiteto e artista plástico Juraci Dórea, a pesquisadora Lenilda Carneiro, a então diretora do Cuca, Selma Soares, e o padre Pedro Júnior, pároco da Catedral de Santana, que explica porque a Igreja interditou o desfile do Bando Anunciador.
A direção do documentário é do jornalista Marcondes Araujo.