Quando menina tinha um chão absoluto, de certezas inabaláveis, que mais parecia um tapete de pedras, postas ali por alguéns e ninguéns, menos eu! Até que aparentava sólido, mas se rachou!
Cresci, e meu chão de pedra se fez de terra, daquelas que quando se avolumam as perturbações, sobe o poeirão! Afinal , tormento pouco é bobagem! Tem que arder os olhos, empigarrar a goela, encrespar os cabelos e rachar a pele! Só não me resseque a alma…
Cresci mais ou de novo, ou envelheci… E mais uma vez, meu chão mudou!
E se fez de barro! Com medo que endureça e se torne sólido outra vez, vivo a molhá-lo com minhas incertezas!
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Que lindo!!!! Palavras sempre doces que acalentam a nossa alma!