A evaporação líquida do reservatório de Sobradinho, na Bahia, é de 167,1 metros cúbicos por segundo sendo um dos cinco reservatórios com as maiores vazões. Em 2019, 114 reservatórios apresentaram evaporação líquida superior a 500 litros por segundo e somaram vazão média anual de 666 metros cúbicos por segundo.
Esses e outros dados sobre a evaporação nos reservatórios artificiais do Brasil estão em um estudo sobre o assunto lançado esta semana pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR)
O estudo Evaporação Líquida de Reservatórios Artificiais no Brasil é resultado do trabalho conjunto da ANA e da UFPR nos últimos dois anos, a publicação traz um novo modelo para estimar a evaporação de água de todos os cerca de 175 mil reservatórios artificiais brasileiros entre 2001 e 2019.
A estimativa de evaporação líquida já faz parte das ações de planejamento e operação dos setores usuários, assim como da análise de viabilidade individual dos projetos. A incorporação dessa componente de forma mais clara no planejamento e na gestão de recursos hídricos colabora para a segurança hídrica dos usuários de água e da população.
Isso porque a contabilidade ou balanço de água (que considera entradas e saídas do recurso) se torna mais precisa, apoiando as tomadas de decisão, seja para as situações de escassez de curto prazo ou para o planejamento de infraestruturas e de usos da água em longo prazo.