Uma triste constatação. A violência urbana está assustando professores e funcionários de escolas da rede municipal de ensino, às vezes até dificultando o preenchimento de vagas. Na Antônio Alves Oliveira, no bairro Asa Branca, de 14 pessoas designadas para trabalhar, 10 já pediram para sair.
Situação semelhante tem acontecido na Maria de Lourdes Pellegrino, nos Três Riachos, só para citar dois exemplos. “Temos feito um trabalho no sentido de contornar esse temor, salientando que a escola deve ser respeitada como um grande benefício para a comunidade”, destaca a secretária de Educação, Anaci Paim.
A secretária salienta que não pode haver discriminação tendo como referência que todo bairro de classe C é mais violento. “A gente está vendo que a violência está generalizada, há conflitos em qualquer parte das cidades e a população, seja onde for, respeita a escola”, afirma.
“Há sim dificuldades para designação de funcionários e professores para algumas localidades, porque presenciam tiroteios e ficam com medo. Mas nós temos que cumprir a nossa missão e, na medida do possível, há os que aceitam permanecer nas escolas”, acrescenta Anaci Paim.