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O licuri, fruta nativa da Caatinga e resultado do trabalho no extrativismo sustentável de famílias de agricultores familiares baianos, ganhou notoriedade internacional, e está a caminho da China. Neste mês de agosto, foram enviadas 14 toneladas do licuri in natura para uma empresa alimentícia chinesa.
O produto é de agricultores da Fazenda Três Ladeiras, do município de Itiúba, que faz parte da Associação Comunitária Terra Sertaneja (Acoterra), vinculada à Cooperativa Regional de Agricultores Familiares e Extrativistas da Economia Popular e Solidária (Coopersabor). A comercialização foi realizada pela empresa Licuri Brasil.
De acordo com o presidente da Coopersabor, Charles Conceição, a expectativa é de enviar mais 150 toneladas na próxima compra, envolvendo 30 comunidades dos municípios de Monte Santo, Cansanção, Itiúba, Queimadas, Nordestina, Tucano, Filadélfia e Andorinha, beneficiando mais de 500 famílias de agricultores familiares.
O diretor da Coopersabor e técnico da Acoterra, Magno Carvalho, é responsável pela organização de grupos que trabalham com o licuri, nas áreas de comercialização e orientação de boas práticas, etc. Para ele, a exportação do licuri é muito importante. “O licuri está tomando outra dimensão. Ele sempre foi utilizado na alimentação de comunidades rurais do sertão da Bahia. A exportação agrega valor e ajuda a mobilizar e estimular as comunidades”.