Uma CPI para o Shopping Popular de Feira de Santana foi criada nesta terça-feira,23, oito anos depois do então deputado federal Fernando Torres, hoje o presidente da Câmara, denunciar a PPP do shopping popular como “um golpe imobiliário” pela doação de um terreno de 30 mil m2 na área do Centro de Abastecimento, no valor de 70 milhões de reais, mais contrapartida de 7,5 milhões de reais.
As críticas ao projeto também partiram de alguma entidades e de parte da imprensa. Mas o silêncio e omissão eram maior que o debate. A mais efetiva resistência ao projeto começou com os negociantes da área do artesanato. Inicialmente pensava-se que era somente aquela área que seria usada para o shopping, informação divulgada Inclusive em maquetes 3D.
Naquele ano, 2014, o deputado foi impedido de fazer a denúncia utilizando a tribuna da Câmara, do que ele considerava um “golpe imobiliário” . O então presidente da Câmara, vereador Justiniano França com apoio do plenário.(Leia matéria no Acorda Cidade) o impediu de falar.
Mas a violência maior viria na manhã de 26 de julho de 2017, em pleno feriado, mais de 60 homens invadiram o setor de artesanato, entre Guarda Municipal, policiais a paisana e guardas privados, fizeram um escudo para impedir que os artesãos se aproximassem e foi totalmente destruído um dos boxes, segundo proprietários com mercadorias dentro.
Amanhã, quarta-feira (24) serão definidos os vereadores titulares da CPI. Com quase 10 anos de atraso, é provável que não consiga mais do que anistia financeira para um pequeno grupo de ambulantes que acreditou em Elias Tergilene e parceiros.