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André Pomponet
terça-feira, 29 de novembro de 2022 / Publicado em Colunistas, Home, Política

Não há “demônios” nos cofres públicos

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Durante a campanha eleitoral os mercadores da fé que apoiaram Jair Bolsonaro, o “mito”, alegaram que, com a vitória do petê, o Tinhoso tomaria conta do Brasil, que o Palácio do Planalto seria reinfestado por “demônios” e por aí vai. Pois bem: mal concluiu-se a apuração das urnas eletrônicas e parte da bancada do dízimo começou a saçaricar, saltitando para achegar-se a Lula e ao seu terceiro mandato presidencial. Quem levou a sério o teatro da campanha eleitoral ficou estarrecido. Quem não embarcou na conversa ficou surpreso apenas com a velocidade da conversão.

Fala-se muito no Capiroto no Brasil. Quem se fia em certos discursos crê que legiões deles pululam em cada esquina, em cada canto do País. Daí a convicção – cultivada por muitos – de que só um califado bíblico-miliciano, conduzido pelo “mito”, pode nos redimir, salvar-nos de Belzebu. Passada a eleição, este delírio não cessou, conforme se vê.

Matutando sobre o cenário, chega-se à conclusão que os únicos lugares no Brasil completamente livres de qualquer influência do Cão Cotó são os cofres públicos. Afinal, é de lá que os mercadores da fé – a serviço de qualquer governo – não conseguem se afastar. Até no incorruptível governo do “mito” – vejam só! – aprontaram traquinagens com a Viúva. A Viúva em questão – é bom ressaltar – é o apelido consagrado, popularmente, dos cofres públicos.

Sendo lugares limpos, puros, santos – sacrossantos até – os cofres públicos são objeto de desejo dessa turma, o céu. Defenestravam os petistas mas, passadas as eleições, vão deixando as terríveis previsões de lado, achegando-se matreiramente. Quando 2023 chegar, felizes, embarcarão com compungido espírito cristão nas hostes governistas.

Note-se que não foram poucos os agrados oferecidos pelo “mito” a essa turma nos seus quatro anos de desgoverno. Aqui e ali divulgam-se números, sempre na casa dos muitos milhões, sobretudo de dívidas tributárias, trabalhistas e previdenciárias de igrejas e seus donos.

Não foi à toa que embarcaram na campanha com tanto apetite. Mas, confirmada a derrota – só os mais aloprados a contestam – vários já planejam o salto que vai alojá-los junto ao petismo, pleiteando acesso franqueado à Viúva.

Logo após as eleições, catastrofistas antipetistas vaticinaram que o presidente Lula enfrentará encarniçada oposição no Congresso Nacional. Bobagem: boa parte vai se converter com o tilintar da chave do cofre. Só aqueles mais fanatizados manterão a intransigência – quiçá intolerância – porque provavelmente tem, nas ruas, público cativo.

Os futuros reconvertidos ao petismo são pragmáticos: servem a qualquer governo, mesmo que, momentos antes, atribuíssem a este inumeráveis mazelas. Outros, nas ruas, – os autoproclamados patriotas – seguem clamando por um golpe. Acampados defronte a quarteis, marcham e contramarcham sacudindo suas panças, desafiam ventos e tempestades, oram, rogam, suplicam, vibram com a chegada de fictícios carregamentos de fuzis e – até mesmo – apelam para a intervenção de extraterrestres, acenando com seus celulares.

Encalistrados, alguns eleitores do “mito” – os sensatos – reconhecem a derrota e, cautelosos, evitam associar-se àqueles que sustentam a baderna golpista. Que bom. É sinal de que nem todo mundo optou pela insanidade.

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André Pomponet
André Pomponet
Economista pela Universidade Estadual de Feira de Santana (2002), mestre em Administração pela Universidade Federal da Bahia (2012), exerce o jornalismo desde 1995, quando ingressou no extinto jornal Feira Hoje. Posteriormente, atuou em outros órgãos de comunicação e foi Chefe de Redação da Assessoria de Comunicação Social da Câmara Municipal de Feira de Santana.É colunista do Blog da Feira.
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