A história e a memória. Uma anda para a frente e a outra fica estagnada. Sempre foi assim no Brasil e assim será. Chamou minha atenção o presidente Luiz Inácio, Lula, ter classificado o povo que passou como um tsunami destruindo tudo no Planalto, STF e Senado em Brasília, ainda defendendo um golpe contra os que ganharam nas urnas as últimas eleições, como “aloprados”. Achei interessante.
Ocorre que o termo “aloprado” que vem a ser a mesma coisa que maluco, doido, alienado, desabutinado, desequilibrado e tem mais de trinta sinônimos, sem contar com as expressões regionalistas como “abestado”, é o mesmo que foi usado contra os petistas entre 2006 e 2007 depois de um imbróglio danado que aconteceu antes da eleição do período.
Somente para lembrar – por que temos a memória curta, mas a história é longa -, acho que foi em junho de 2012 quando a Justiça Federal abriu processo contra nove envolvidos no “Escândalo dos Aloprados”. Lembra que alguns petistas foram presos em São Paulo às vésperas das eleições de 2006, quando se preparavam para comprar um dossiê fajuto? O documento iria, na ótica deles, enredar políticos do PSDB com o que se chamava de máfia. Uma que estaria fraudando licitações no Ministério da Saúde.
Os aloprados foram levados aos tribunais. Eram militantes do baixo clero a serviço de pessoas importantes do PT, segundo as notícias da época e as investigações da Justiça. Pois, despertou minha parca memória a palavra “aloprado”. Que na verdade serve para os dois lados, falar a verdade. Hoje no Brasil não escapa ninguém de uma camisa de força. Só tem aloprado. Ah, se o genial escritor Machado de Assis ressuscita: quantos temas. Pois é, me dá licença. Volto já. Vou no meu analista.
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