Em 2018, um ano depois de completar 100 anos, a Escola Maria Quitéria fechou as portas. Deixou de funcionar a escola e o prédio construído na intendência de Agostinho Fróes da Mota. O imóvel, esse sim, é uma relíquia histórica-arquitetônica que merece restauro e preservação além de nova utilidade. Está fechado e entregue à deterioração que se abate sobre imóveis sem uso.
Milhares de histórias de vida de feirense têm trechos vividos nessa escola desse imóvel ocioso. Damos dois exemplos distintos mas bem representativos:
Biógrafa do poeta feirense Salles Barbosa (que dá nome ao Calçadão que começa ali perto da escola) a escritora Cíntia Portugal estudou na Maria Quitéria, foi a primeira escola que ela frequentou. Já o professor e servidor público da Câmara Municipal de Vereadores, Joaquim Neto, lembra que fez o estágio de licenciatura em História nessa escola.
Esse prédio está inserido numa espécie de “quadrilátero histórico” onde estão a praça Fróes da Mota e o Casarão Fróes da Mota, este último, como também o Coreto que tem na praça, estão tombados pelo patrimônio cultural e histórico da Bahia.
Não será surpresa se Feira de Santana repetir o que faz e já fez em situações como essa: deixa o imóvel ficar em ruínas por décadas e décadas até o esquecimento e a destruição.