Quem tiver o azar de precisar de serviços dos mecânicos e comprar peças no comércio de beira de estrada sentirá no bolso a materialização da palavra ganância – ou a mistura dela com a falta de caráter.Metem a chave de fenda sem dó. Mas quem paga deve, tem a obrigação de valorizar o trabalho que o levou a ganhar o dinheiro que vai pagar pela prestação do serviço.
Geralmente pedem um absurdo para que o cliente pague um valor acima do que normalmente cobram caso estivessem na oficina. É aquela velha história: pedem a metade do dobro. Nada perdem no desconto.
Quase sempre ao lado da oficina tem uma casa que vende peças para automóveis. É a dupla perfeita. Como o dono carro nada conhece da cidade onde parou, submete-se à verdadeiras extorsões.
Estes profissionais exploram, economicamente, a pressa e o desconhecimento do terreno por parte do viajante. E metem a chave de fenda no bolso do cliente sem nenhum constrangimento.
Claro que, como toda regra, existem as exceções – mas são cada vez mais difíceis de serem encontradas nestes estabelecimentos localizados às margens das BRs e BAs.
Agem como carcarás. Motoristas que precisam dos seus serviços e peças são vistos como presas das mais fáceis.
Foto ilustrativa: Ed Santos/AcordaCidade
Batista Cruz é jornalista