Anunciada recentemente pelo Governo Municipal, através de publicação no Diário Oficial, uma licitação para aquisição de veículos para o BRT causa preocupação na Câmara. “Fiquei surpreso. Será que o prefeito não percebe que isso, além de ser um imbróglio, significa desperdiçar o dinheiro do município em uma obra que já nasceu errada?”, questionou o vereador Emerson Minho (DC), em pronunciamento hoje na Casa da Cidadania. Da forma como está funcionando atualmente, ele critica, o sistema tem gerado confusão, “como se vê nos pontos de parada de embarque e desembarque e quanto ao início e fim da faixa exclusiva para ônibus”.
Conforme o vereador, o BRT de Feira, que “disputa vaga com moto, carroça e carro”, sai da avenida Nóide Cerqueira e usa os dois lados das vias (esquerdo e direito) deixando condutores e transeuntes com dúvida sobre o trajeto e paradas na parte do Mercado de Arte Popular e proximidade da Clínica São Mateus. Não se sabe, segundo descreve, “se a preferência do ônibus é na lateral do MAP ou no outro lado”.
O “BRT de Feira de Santana” não é, a rigor, um sistema Bus Rapid Transport (BRT), que exige como componetes mínimos infraestrutura segregada com exclusividade de circulação; alinhamento das faixas de ônibus; cobrança da tarifa fora do ônibus; embarque em nível e tratamento das interseções com prioridade de passagem. Segundo o Padrão de Qualidade BRT, publicado pelo Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP), um corredor só pode ser considerado BRT quando tem, entre outros elementos, pelo menos 3 km de extensão de faixas segregadas de circulação exclusiva para ônibus – requisito que o sistema de Feira de Santana não cumpre.
Com informações e foto da Ascom/Câmara