Hoje, fui aos Correios enviar alguns dos nossos Águas de Alevante para leitores de outras cidades. Para quem não sabe, há uma tarifa mais barata para livros. Enquanto ia preenchendo os envelopes, o funcionário que me atendeu fez perguntas sobre o livro e quando disse que era professora de Literatura, ele puxou conversa sobre Augusto dos Anjos, seu poeta preferido, recitou trechos de cor, se declarou niilista e conversamos sobre o estilo único do poeta. Quando fui pagar me dei conta que estava sem o meu cartão, emprestei a Miguel ontem para um delivery e esqueci de botar na carteira de volta. Bateu aquele desespero básico, o que tinha em cédulas era insuficiente. -Aceita pix, moço?- Não, Senhora, ainda não temos essa opção. Já suando e atrasando a fila, o Servidor gentilmente me salvou: – Mas eu aceito, a Sra passa para mim e eu pago com meu cartão. Agradeci comovida. Nem sempre somos só monstros de escuridão e rutilância que escarra na boca que te beija. Graças a Deus!
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