×
Blog da Feira
  • Cidade
  • Cultura
  • Colunistas
  • Política
  • Distritos
  • Quem somos
Blog da Feira
  • Cidade
  • Cultura
  • Colunistas
  • Política
  • Distritos
  • Quem somos
Avatar photo
Blog da Feira
segunda-feira, 29 de julho de 2024 / Publicado em Cultura

Fiscais do Instituto Chico Mendes destroem terreiro Jarê no Parque da Chapada, em Lençóis

Compartilhar:

  • WhatsApp
  • Facebook
  • Bluesky
  • Twitter
  • Telegram
  • LinkedIn
  • Threads
  • Mais
  • Imprimir
  • E-mail
  • Reddit
  • Tumblr
  • Pinterest
  • Pocket

No último dia 21, o Terreiro de Jarê Peji da Pedra Branca e a comunidade do Curupati, localizados dentro do Parque Nacional da Chapada Diamantina (PARNA), foram alvo de ação de fiscalização de agentes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o  terreiro liderado por Gilberto Tito de Araújo, conhecido como Damaré, foi invadido por agentes do ICMBio, que destruíram o espaço sagrado e mais de 10 casas onde residiam cerca de 35 famílias. A comunidade alega que a ação foi realizada sem diálogo com os moradores, nem notificações prévias, nem negociação com autoridades municipais. Moradores locais afirmam  que a roça pertencia ao pai de Damaré há mais de 45 anos, antes da instalação do parque.

Em nota, a gestão do PARNA (Unidade de Proteção Integral, que proibe assentamentos humanos dentro do perímetro do Parque) argumenta que as construções são recentes e que não tinha conhecimento do referido terreiro, nem identificou o local como centro religioso, no momento da fiscalização.

O Ministério Público da Bahia já comunicou que cobrará medidas para reconhecimento da prática do Jarê como patrimônio cultural.

A socióloga e professora Maria Medrado lembra que desde a criação do Parque Nacional da Chapada Diamantina em 1985, comunidades e povos tradicionais lutam para garantir seus direitos, sobrepostos pela Unidade de Conservação. Medrado defendeu uma tese de doutorado sobre a violação de direitos e conflitos socioambientais provocados pela implantação do PARNA

Segundo a antropóloga Paula Zanardi, especialista em povos tradicionais, o terreiro de Damaré é parte dos poucos terreiros que ainda resistem em Lençóis, preservando e difundindo a memória do garimpo e práticas religiosas afro-indígenas. A pesquisadora estuda os Terreiros de Jarê da cidade e entende que a violação demonstra um desrespeito à memória, às tradições culturais seculares e à diversidade religiosa chapadeira.

Compartilhar:

  • WhatsApp
  • Facebook
  • Bluesky
  • Twitter
  • Telegram
  • LinkedIn
  • Threads
  • Mais
  • Imprimir
  • E-mail
  • Reddit
  • Tumblr
  • Pinterest
  • Pocket

Relacionado

Privacy & Cookies: This site uses cookies. By continuing to use this website, you agree to their use.
To find out more, including how to control cookies, see here: Política de privacidade

Arquivos BF






Blog da Feira: Jornal de Notícias de Feira de Santana

© 2023 Janio Costa Rego Comunicações - Todos os direitos reservados
Política de Privacidade

TOP
Blog da Feira