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A sétima edição da ‘Operação Mata Atlântica em Pé’, que terminou na última sexta-feira, dia 27, identificou mais de 500 hectares com supressão ilegal de vegetação nativa na Bahia. A operação, que ocorreu entre 16 e 27 deste mês, identificou cerca de 300 hectares desmatados em 13 municípios do litoral Norte, Sul, Baixo Sul e Vale do Jiquiriçá. Em 60% dos casos, foi confirmada a supressão de vegetação nativa com algum indício de irregularidade.
As áreas foram identificadas a partir de 100 alertas de desmatamento da plataforma MapBiomas, que possibilita a detecção em alta resolução de desmatamentos e infrações ambientais, além dos alertas do programa Harpia do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e da Polícia Federal. Segundo o promotor de Justiça Augusto César Matos, coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (Ceama), mais de 90% dessas áreas já estavam cadastradas no Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (Cefir), demonstrando que, apesar do registro, o desmatamento ilegal continua a ocorrer.
Ao todo, foram identificados no país 17.124 hectares de supressão ilegal de vegetação nativa, superando os 15,4 mil hectares de 2023 e os 11,9 mil hectares de 2022. As multas aplicadas, que somam mais de R$ 137 milhões, representam o maior valor já registrado em todas as edições da operação. O Piauí foi o estado mais afetado, com 7.300 hectares desmatados, seguido por Minas Gerais (2.854 hectares) e Espírito Santo (1.029 hectares). Minas Gerais também liderou no valor de multas aplicadas, com mais de R$ 56,2 milhões em penalidades.