Feira de Santana enfrenta uma situação preocupante neste mês de outubro: 55 mil litros de leite pasteurizado, que deveriam ser entregues a famílias em situação de vulnerabilidade, deixaram de ser distribuídos. Dos 75 mil litros que já deveriam ter sido fornecidos à população carente, foram entregues o total 20 mil até o momento. O alimento é essencial para o desenvolvimento infantil e faz parte de um programa que visa garantir a nutrição de crianças de 0 a 6 anos. O produto é entregue à Prefeitura pelo Governo do Estado, que recebe recursos financeiros do Governo Federal para manutenção do benefício. A logística de distribuição é coordenada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.
O secretário de Desenvolvimento Social de Feira de Santana, Denilton Brito, afirmou que a cidade vem sendo impactada pela redução significativa no fornecimento de leite desde abril deste ano. “A interrupção em abril de 2024 e o retorno irregular até o momento estão comprometendo as finanças da Sedeso, devido aos custos com manutenção de veículos, servidores e materiais logísticos necessários para a distribuição de uma quantidade insuficiente”, explicou.
O corte abrupto no volume representa uma perda de mais da metade da quantidade normalmente fornecida, deixando muitas famílias sem acesso ao alimento. O leite distribuído é parte de uma estratégia nutricional voltada principalmente para crianças de 0 a 6 anos, uma fase crucial para o crescimento e desenvolvimento. Além de garantir acesso a um alimento rico em proteínas e cálcio, o programa também atende gestantes e lactantes, assegurando que mães e bebês tenham acesso a uma nutrição adequada.
“A redução no fornecimento tem gerado grande preocupação, especialmente porque o leite é uma das poucas fontes garantidas de nutrição para muitas famílias. Segundo relatos de moradores beneficiados pelo programa, a ausência do leite compromete a alimentação das crianças, que dependem do produto para suprir necessidades básicas diárias”, completa Denilton.
Denilton Brito enfatizou que a Prefeitura está cobrando do Governo do Estado que a situação seja resolvida com a maior brevidade possível. “Precisamos reverter esse cenário. O leite é um direito dessas famílias, e estamos empenhados em encontrar uma solução para normalizar a distribuição”, afirmou.