
Fomos a Feira de Santana, no sábado (1fev2025), com o propósito de conhecer o Feiraguay e visitar casal de amigos. Retornei com o desejo de que o soteropolitano visite mais a Princesa do Sertão e, quiçá, a administração municipal, com a colaboração de instituições públicas e privadas, possa oferecer mais afabilidade aos visitantes curiosos.
Na BR 324, como sempre fazemos, tomamos o café da manhã no Maria Antonia, que prima pela variedade e pela fartura. Ronrom e eu estávamos acompanhados do jovem casal Stéfane e Felipe e, mais uma vez, fomos transportados por Tentem, o querido Tenente, nosso Jeep Renagade que, em 2025, completa 10 anos.
Ao desembarcar num estacionamento próximo ao Feiraguay, nos demos conta do calor e Ronrom, sempre protegida pela sombrinha amarela, suavizou o transtorno com garrafa d’água gelada encostada no pescoço. Felipe experimentou chapéu de palha vietnamita e simular olhos orientais para compartilhar o bom humor.
Nos corredores abarrotados de lojinhas e produtos que usam marcas famosas para atrair clientes, um de nós comentou que tudo ali é falsificado. Olhei em torno e vi alguns orientais atrás do balcão e pretendi pilheriar com o mais velho, pedindo a autorização para dividir com ele um gracejo. A resposta seca e firme esfriou meu propósito e não houve diálogo algum. Não posso generalizar, mas os brasileiros e os asiáticos, nascidos e criados em universos culturais distintos, precisam aprender a viver juntos.
Fomos em seguida no Mercado de Arte Popular, onde também há muitos produtos semelhantes aos do Feiraguay, e saí dali para a Praça da Bandeira, localizada em frente, e apreciei animada roda de capoeira, em que lutavam um homem e uma mulher, estimulados por atabaques e berimbaus. Próximo da praça, seguindo a Avenida Getúlio Vargas, admirei o Monumento do Vaqueiro, escultura do arquiteto Danilo Freitas, trabalho de que tomei conhecimento pelo entusiasmo do jornalista Jânio Rêgo pela obra.
Encerramos a visita a Feira, recepcionados pelo casal Leni (advogada) e Junior (empresário) no Condomínio Viva Mais Papagaio, onde registrei o gato na janela, como se estivesse sentado.
Voltarei a Feira de Santana, sempre. Estive lá pela primeira vez há dezenas de anos – era criança – e lembro que, no início da manhã, a cidade era encoberta pela neblina.
Luis Guilherme Pontes Tavares, é jornalista, mora em Salvador.