×
Blog da Feira
  • Cidade
  • Cultura
  • Colunistas
  • Política
  • Distritos
  • Quem somos
Blog da Feira
  • Cidade
  • Cultura
  • Colunistas
  • Política
  • Distritos
  • Quem somos
Avatar photo
Alana Freitas
terça-feira, 11 de fevereiro de 2025 / Publicado em Colunistas, Destaques, Home

Ainda estou aqui, reflexões sobre luto

Compartilhar:

  • WhatsApp
  • Facebook
  • Bluesky
  • Twitter
  • Telegram
  • LinkedIn
  • Threads
  • Mais
  • Imprimir
  • E-mail
  • Reddit
  • Tumblr
  • Pinterest
  • Pocket

Aproxima-se de março, fará 3 anos que Michel partiu em minutos para o Grande Mistério e nesse mesmo mês, 5 dias antes, farei 50 anos. O tempo é assustador para o bem e para o mal.Sempre adorei março, agora o meu mês é um calendário todo alterado pela experiência dolorosa, mas que ainda exige alguma celebração. Datas redondas são sempre simbólicas e nos marcam com mais força, não se foge delas. Ainda estou aqui me mexeu de diferentes maneiras. Esteticamente, pela força narrativa, politicamente, pelo absurdo da violência, emocionalmente, como filha de um pai com Alzheimer, mas me pegou mais em cheio como uma história que também é sobre luto. Com todas as diferenças óbvias, eu me vi em Eunice em muitas cenas. Tendo que arrancar forças extraordinárias para resolver burocracias, virar a chefe absoluta de um lar que tem que ficar de pé, lidar com as mudanças financeiras, deixar uma casa para trás com tudo que ela representa, ser a mãe que de uma para outra tem que dar um jeito em tudo (ahhh a cena do dente!) e ainda sorrir e fazer sorrir para que não desmorone mais. O nome do livro que é o mesmo do filme é mesmo perfeito e se dá há inúmeras possibilidades de interpretação, obrigada , Marcelo Rubens Paiva. Bendita magia das palavras. O luto é um constante Ainda estou aqui, o ar ainda me falta muitas vezes e há um oco para sempre em mim. A vida também me diz você Ainda está aqui e é preciso dar um jeito, meu amigo. Acordei hoje com o poema de Romildo Alves que nos lê e traduz em muito as saudades que sentimos do que já não tem jeito. Nunca acreditei em felicidade plena, só em momentos felizes, tive incontáveis com Michel. Não me oponho em viver outros tantos, já tive alguns nesse tempo sem ele, com família, com amigos, com trabalho, comigo mesmo e busco por mais instantes de alegria sempre que possível for. A dor e as saudades ainda e sempre estão aqui e a vida que só anda para frente também. Viver não é fácil, nos impõe asperezas contantes, mas também há suavidades no caminho, a arte é uma delas e nos ajuda a remar o barco.

  • Sobre
  • Últimos Posts
Alana Freitas
Alana Freitas
Escritora e Professora Plena de Literatura da Universidade Estadual de Feira de Santana.
Alana Freitas
Últimos posts por Alana Freitas (exibir todos)
  • Somos todos tabaréus urbanos - 16/05/2025
  • Ode ao café - 15/04/2025
  • Bença, mãe - 28/02/2025

Compartilhar:

  • WhatsApp
  • Facebook
  • Bluesky
  • Twitter
  • Telegram
  • LinkedIn
  • Threads
  • Mais
  • Imprimir
  • E-mail
  • Reddit
  • Tumblr
  • Pinterest
  • Pocket

Relacionado

Privacy & Cookies: This site uses cookies. By continuing to use this website, you agree to their use.
To find out more, including how to control cookies, see here: Política de privacidade

Arquivos BF






Blog da Feira: Jornal de Notícias de Feira de Santana

© 2023 Janio Costa Rego Comunicações - Todos os direitos reservados
Política de Privacidade

TOP
Blog da Feira