
“Na inauguração estive presente e até dei entrevista para a TV falando da esperança de ser um espaço que pudesse ser ocupado pelos artistas da cidade, mas creio que estava enganado. Até agora não houve sequer uma aproximação com a classe artística ou um movimento para tal. Se houve, eu não fui comunicado.”
As palavras acima são de Geovane Mascarenhas, o mais produtivo diretor de teatro em Feira de Santana e traduzem com clareza o desencanto que se espalha entre a classe artística da cidade em relação ao Teatro do Centro de Convenções como fomentador da cultura local. São seis meses de inaugurado e até agora o exuberante equipamento construído pelo Governo do Estado, serviu apenas como auditório para eventos oficiais ou comerciais.
“Pelo que tenho acompanhado, parece que não há nem definição da gestão do espaço. Espero mesmo que não vire um “elefante branco” ou sirva somente para atividades ligadas ao comércio, ao menos ele foi construído como teatro e não como auditório. A única informação sobre ocupação com a cultura é o Festival de Sanfoneiros da UEFS que será realizado lá “, reclama.
O Teatro, segundo vem dizendo o governador Jerônimo desde a inauguração, passa por uma fase de “experimentação” ou “teste” mas até agora, como enfatiza Geovane, não houve abertura para a classe artística e, especificamente, projetos teatrais.
“Não sei no que vai dar, mas pelo tempo, já acho que há um desperdício de tempo e dinheiro em um local que já poderia estar fomentando a cultura de Feira e não somente abrigando eventos de negócios.”