
Muito bom ver sala cheia para a assistência de um filme. Foi o que ocorreu na noite de ontem ( quinta-feira, 8,), no Orient CinePlace Boulevard, na pré-estreia do filme feirense “O Tabaréu Urbano”, de Asa Filho (roteiro) e Ícaro de Oliveira (direção).
Na plateia, parte da equipe que participou do filme, comunicadores (Carina Goes, Emanoel Freitas, Reny Alves, Rose Leal), músicos (Roberto Coelho, Tito Pereira), empresários (Deonilso Bueno, Lino Carneiro, Ozana Barreto), executivos (André Soares, Eduardo Borges, Marcelo Soares).
O filme é um semi-documentário que mostra recortes de Feira de Santana e ressalta a identidade do tabaréu – um indivíduo do campo, sertanejo, caipira, matuto. O substantivo é de origem tupi.
O personagem título percorre parte da cidade, oriundo do campo. No caso, de Retiro, distrito de Coração de Maria. Centro de Abastecimento é o principal foco, pois remete à feira livre de segunda-feira. Mas, Beco da Energia, Beco do Mocó, Rua Marechal Deodoro, Paço Municipal Maria Quitéria, Praça de Alimentação, estão em cena.
O andar pela cidade do Tabaréu remete ao primeiro filme realizado em Feira de Santana, há 70 anos, em 1955, por Olney São Paulo: “Um Crime na Rua”, onde os três personagens do curta andam pela cidade, principalmente pela feira livre na Praça João Pedreira.
Na parte documental, testemunhos da professora Alana Freitas, autodeclarada feirense raiz e tabaroa, comunicadores Emanoel Freitas e José Carlos Pedreira (Zé Coió), cordelista Franklin Maxado.
São feitas citações e referências a Eurico Alves Boaventura, Manuel Bandeira, Dival Pitombo, Oscar Tabaréu, Ioiô Goleiro, Noratinho da Pamonha e até a Beiçola.
O filme é mais um exemplo de que Feira de Santana é uma cidade de cultura – Cidade da Cultura, que é um ponto de memória sertaneja mantido por Asa Filho, está creditada como produtora.
A questão agora é como colocar o filme para ser visto por mais gente. Afinal, Feira de Santana está na tela e é para ser vista.
O certo – ou errdo – é que somos todos tabaréus. Uns, simplesmente. Outros, urbanos e até cosmopolitas.
Dimas Oliveira é jornalista, crítico de cinema, responsável pelo Blog Demais de onde esse texto foi extraido.
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