
Quando em 2016 a Heineken fechou as portas da sua fábrica no CIS (Centro Industrial do Subaé), ironicamente,os vereadores de Feira de Santana discutiam na Câmara sobre a liberação de cervejas e copos descartáveis no Estádio Jóia da Princesa. A Cervejaria europeia desistia de produzir cerveja em Feira após ter adquirido, em 2010, a fábrica que era das Cervejarias Kaiser Foram apenas seis anos de Heineken feirense para 14 da Kaiser. Desde que a Heineken foi para Alagoinhas, o parque fabril localizado na larga Rua dos Operários está inativo e exposto à venda por empresa em São Paulo.
A área de 169 mil metros quadrados, com caixas d’água gigantescas que eram usadas com água do Rio Jacuípe, não é única em tamanho e porte que está desativada no CIS. Mas duas são símbolos, essa da Heineken/Kaiser e a lendária QGN (Química Geral do Nordeste).
Ambas chamam a atenção pelas instalações. A área da QGN tem mais tempo desocupada. Sobre ela pesa a imagem de terra intoxicada com o produto nocivo (cancerígeno) usado na fábrica, e que motivou o industrial Drance Amorim a promover uma “guerra” jurídica e de mobilização da opinião pública contra sua vizinha.
A Cervejarias Kaiser inaugurou esse parque, em 1994. Mas a partir de 2010 passou para o controle acionário da Heineken Brasil, distribuindo cervejas , através do sistema da Coca-Cola, nos estados de Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, além ainda de atender os estados do TO e AM. A Heineken mudou-se para Alagoinhas.
A relação de Feira com a cerveja parece muito bem resolvida,consumimos bastante, embora a febre, inclusive das artesanais, tenha passado. Mas com as grandes cervejarias a Feira não tem mais dado sorte. Que falta faz uma cervejaria no Centro Industrial do Subaé. A Micareta que o diga.
foto de Reginaldo Pereira