Padre suspenso pela Arquidiocese de Feira não celebra missa há mais de 200 dias

A ‘Advertência’ ao padre Carlos Vianey foi assinada pelo arcebispo Dom Zanoni em 22 de fevereiro deste ano por ter  a  Arquidiocese Metropolitana de Feira de Santana “recebido denúncias e comprovado a veracidade das mesmas”  de que ele estava “maculando a nossa Igreja” através de  “palavras e comentários indecorosos”.

Depois de receber a advertência, Vianey foi convidado a entregar as chaves e se ausentar,  por tempo indeterminado, da Capela de Nossa Senhora da Piedade, localizada no Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA) e pertencente à Paróquia  Senhor dos Passos, cujo pároco é o monsenhor Luiz Rodrigues.

Sem Igreja, e acusado de ter “difamado o clero e presbíteros”, Vianey tornou-se o primeiro dissidente católico em Feira. A advertência, baseada no artigo 1347 do Código Canônico pode ser endurecida caso ele “persista em tais erros”, diz o documento.

Todos as tardes ele senta-se em um banco ao lado da Capela só sai de lá no final do dia. Um protesto? Enfermeiros e funcionários da ‘Emergência’ do HDPA dizem que ele recebe donativos de pessoas “para sobreviver.”

Vianey mora no distrito de São José das Itapororocas, de onde foi pároco durante alguns anos atrás.

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