No sábado participei da estréia do programa do jornalista Elsimar Pondé na Rádio Globo 90.5 FM/Feira de Santana, ‘Papo de Sábado’.
Fiz resumidas considerações acerca da política e poder em Feira de Santana que reelaboro nas linhas abaixo:
Mesmo derrotado para governo da Bahia e agora de fato sem mandato nos próximos quatro anos, o ex-prefeito José Ronaldo se mantem como liderança hegemônica e com força eleitoral no município de Feira de Santana em condições de mais uma vez liderar o grupo que permane no poder político e administrativo tendo à frente o prefeito Colbert Martins Filho.
Não houve ‘desarrumação’ nem ‘estremecimentos’ na estrutura que ele controla há cerca de 20 anos.
Ao contrário de 2010, quando perdeu uma eleição para o Senado, Ronaldo tem o seu ex-vice prefeito na Prefeitura, e não um aliado eleito diretamente e instigado a ‘quebrar o esquema’ a qualquer momento como era o médico Tarcizio Pimenta; e por ter apoiado Bolsonaro à revelia do DEM, está próximo a Dayane Pimentel (PSL), uma deputada federal que, politicamente, vale muito mais que a meia dúzia com os quais ele contou nesses anos de oposição ao governo federal.
Ronaldo continua oposição aqui na Bahia, com voz ampliada, e situação em Brasília.
Em Salvador, o governador Rui Costa enquanto contempla o mar azul de Ondina reconhece um bom trabalho ter feito do feirense Zé Neto um deputado federal.
Mas até as gaivotas de Ondina sabem que embora tenha dado mais visibilidade e palanque para Feira de Santana a quem sabe defendê-la com eloquência, ainda falta muito para conquistar a simpatia da população que escorregue como votos em 2020.
Talvez por isso tenha aprovado o ‘pedido de casamento’ de Carlos Geilson com o governo, o mais ‘rumoroso’ caso de ‘baixas’ no ‘ronaldismo’. Mas as gaivotas de Ondina continuam a gralhar “só isso não ganha eleição pra Ronaldo”.
A terceira via da politica feirense representada pelo professor Jhonatas Monteiro, do PSOL, manteve, proporcionalmente, inalterado seu potencial político-eleitoral em Feira mas com o adendo do crescimento da estrutura partidária no Estado e a eleição de um deputado estadual, o vereador de Salvador, Hilton Coelho.