Uma operação de fiscalização realizada pelo Ministério do Trabalho e outras instituições na região oeste da Bahia resultou na interdição do alojamento móvel de uma obra localizada em uma fazenda, em virtude da constatação de grave e iminente risco de incêndio no local.
Um contêiner marítimo era utilizado como alojamento por 23 trabalhadores da empresa terceirizada que executava uma obra de construção de silos para armazenamento de grãos na Fazenda Céu Azul, situada na zona rural do município de Formosa do Rio Preto.
Os graves e iminentes riscos de incêndio decorriam do fato de que parte da estrutura era feita de madeira (a cozinha, dois quartos, as instalações sanitárias e o local para refeições) e de que, dentro do contêiner, que foi dividido em três quartos, havia material combustível (colchões, travesseiros, roupas de cama, sacolas plásticas e roupas de uso pessoal dos trabalhadores, que ficavam espalhados sobre as camas devido à inexistência de armários).
Dentro do contêiner havia nove beliches (todos ocupados), o que equivale a dezoito camas. O local mede 12 por 2,4 metros (ou seja, uma área inferior a trinta metros quadrados). Apenas uma janela de um metro quadrado podia ser aberta e contemplava um dos quartos do contêiner. Os demais dormitórios, tanto do contêiner, quanto os de madeira e chapas galvanizadas, não possuíam janela. A