O secretário de Cultura de Feira de Santana, jornalista Edson Borges, assumiu a defesa da Micareta, a maior festa popular da cidade, que tem sido alvo de ataques de diversos setores da comunidade.

Na sua página do Facebook, o jornalista abriu o que parece ser uma série de postagens em que faz referências aos ‘depreciadores’ da festa, sem citar no entanto nenhum nome. Os primeiros textos, intitulados de ‘Os depreciadores da Micareta’, I e II, são reproduzidos a seguir:
“Originalmente, Micareta é uma festa de rua. Começou a ganhar característica essencialmente popular a partir do trio elétrico.
Alguns poucos vislumbraram, entretanto, que a festa poderia ser um produto rentável, com festas pré-micaretescas, blocos e camarotes. Nada contra, afinal ganham dinheiro, mas também contribuem com a festa.
Entretanto, por vários motivos, alguns desses negócios na Micareta se esgotaram, foram perdendo, ao longo dos anos, seus consumidores. Os clubes sociais quebraram. A Micareta começou a voltar à sua essência original, o trio e o povo, a Prefeitura assumiu a contratação de grandes estrelas para o chamado folião pipoca.
Agora, alguns dos que vivem de saudades de bons lucros na Micareta se empenham em depreciar a festa. Não tem mais o valor que eles desejavam
A violência está impregnada no nosso dia-a-dia. Não só com a criminalidade, mas até com a própria violência doméstica, dentro dos lares, entre familiares. Nem as inocentes crianças têm mais proteção contra pais, avós, tios pedófilos. A violência cresce cada vez mais no trânsito, nos estádios de futebol, nas discussões nas redes sociais etc.
Mas algumas pessoas acham que o demônio de todos os demônios é a Micareta. São quatro dias que deixam a cidade aterrorizada, mas basta acabar a Micareta e a paz volta a reinar em Feira de Santana.