Uma operação do Ministério Público da Bahia, denominada Pityocampa, desarticulou, há cinco meses, uma organização criminosa responsável por desviar quase 100 milhões de reais da saúde pública do município de Feira de Santana, na Bahia.
O MP identificou diversas irregularidades nos processos de contratação da Coofsaúde, cooperativa em atuação em Feira de Santana, acusada de superfaturamento.
Somente em um ano, de 2016 a 17, foram deaviados 24 milhões de reais.
Os promotores e equipe de policiais e auditores executaram mais de 20 mandados de prisão, inclusive a do ‘dono’ da cooperativa, o médico Aroldo Dourado, que hoje cumpre prisão domiciliar.
Ausência de projeto básico ou termo de referência, vícios nas cotações de preços para definição do orçamento de referência, cláusulas restritivas no edital e irregularidades na própria condução dos certames, com favorecimento para a Cooperativa investigada.
Além disso, foi constatada, segundo a apuração, a falta de controle sobre os pagamentos realizados, o que permitiu a ocorrência de superfaturamento.
Passados cinco meses, afora a liberação de detidos para prisão domiciliar, não houve mais nenhum desdobramento do caso.
A ‘pityocampa’ (lagarta Thaumetopoea Pityocampa, também conhecida como lagarta do pinheiro, que corrompe os pinhais, plantação que simboliza o cooperativismo) está morta?
Na foto, a secretária municipal de Saude, Denise Mascarenhas, que continua no cargo apesar do escândalo na sua pasta.
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