Em uma sessão plenária do Tribunal do Júri, ontem, em Feira de Santana, o promotor Ariomar Figueiredo da Silva dirigiu-se à defensora pública Fernanda Morais dizendo que ela ficasse calma porque “a primeira vez com um negão não dói”
“A explícita conotação sexual da fala do promotor não é apenas inadequada ao ambiente em que foi proferida. Ela configura uma violenta manifestação do machismo arragaido no Sistema de Justiça brasileiro”, disse a Coletiva de Mulheres Defensoras Públicas do Brasil’, que denunciou o fato em uma nota pública publicada em redes sociais.
O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) divulgou nota de esclarecimento afirmando que “não houve qualquer intenção de ofensa na frase proferida pelo promotor de Justiça Ariomar José Figueiredo da Silva durante sessão do Tribunal do Júri realizada em Feira de Santana”.
A instituição lamentou o ocorrido e se desculpou por “qualquer ofensa eventualmente gerada pela frase dita em um contexto de sessão do Júri”.
“Ele se retratou em audiência, mas continuou tendo uma postura machista durante toda a sessão. A minha postura diante disso é de levantar a minha voz, e de tornar pública essa situação, porque ela costuma ser recorrente”, disse a defensora Fernanda Morais.
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