Sempre volto pra te rever, e nesses dias de reencontro te reverencio com saudações encantadas na memória…
O som filarmônico centenário, o riso das crianças, as campanhas políticas, os mendigos sonolentos e os namorados apaixonados, sentados em seus batentes.
Revela-me rebuliços: é um sentir-se (in) completo, diante da inútil ilusão de achar que algo nos pertence, num mundo em que o definitivo não nos alcança.
Ainda assim me torno (im) permanente ao teu lado. Subo dolorindo-me a cada pedacinho de concreto quebrado em teus degraus, toco seu pára corpo como quem acaricia a infância, observo seu teto à procura um novo céu, sinto teu cheiro de palco público e vejo do alto a história da minha vida.
(Dedicado àqueles que, ainda, podem admirar a arquitetura dos coretos e ouvir os segredos que eles nos contam.)
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