
Quando vim pra Bahia a “segunda-feira em Feira de Santana” já não era mais a que Tom Zé cantou e nem aquela que atraiu Sartre e Simone de Beauvoir. Aliás, eu nem sequer sabia que eles haviam estado aqui e pouco sabia sobre Feira a não ser que era a terra de Chico Pinto e que naquele ano era governada pelo MDB, coisa rara no nordeste de onde eu vinha, e cujo nome do prefeito era em francês como os da oligarquia política da minha terra natal. Sabia de Pinto pelo jornal ‘O Movimento’ e de Colbert porque consultei o ‘Guia Quatro Rodas’ antes de viajar para cá.
Então, minhas segundas-feiras em Feira de Santana só não foram normais, quaisquer, porque conheci o centro de abastecimento. Mas isso é outra história, que como a do parágrafo anterior, foi para compor (ou ‘encher linguiça’) para o texto de saudade das segundas-feiras atuais, essas que foram interrompidas pela pandemia, texto que postei no facebook e republico abaixo, porque hoje é segunda-feira:
segunda-feira no paço ‘maria quitéria’ é certo encontrar essa dupla de jornalistas sentada na ante sala da secretaria de comunicação. Adilson Por Simas e Zé Coió NoiteDia
a pandemia interrompeu esse hábito, ao qual se juntam outros que, como mostra a foto, ainda não chegaram.
é sempre uma conversa movida a simpatia mútua e especulações em todas as áreas, com predominância da política, principalmente quando se junta ao grupo o ex-deputado Humberto Cedraz
o ilustre festeiro Comendador Girlanio Guirra também dá as caras, solfejando e cantando axés da década de 80; Marcondes Araujo Campos sai da sala do memorial para ir ao fumódromo e dispensa dois dedos de prosa: Batista Cruz quando vem demora pouco mas dá sua contribuição; Jorge Magalhães faz sua vibração chegando da pauta na rua; Reny Alves abre a porta da sala do rádio-escuta pra ver a resenha e soltar um pitaco matreiro; Polyane Oliveira, passa calminha e com um terno sorriso nos lábios e Antonio Guimaraes lá de fora presta atenção a quem entra e saí….e não é raro o próprio Valdomiro Silva Silva marcar a presença e o território com verve dissimulada e divertida.
saudades dessas segundas-feiras.