Quero aqui fazer uma brincadeira com vocês, quem me conhece sabe que uso muito um verso de Rita Lee, “brinco de ser sério, mas levo a sério a brincadeira”. Então, virou consenso que a Economia Brasileira vai entrar em crise, como nunca se presenciou e o desemprego vai aumentar penalizando os mais pobres, talquei?
Para corroborar isso aí, eu nao preciso ser Messias e, portanto não faço milagres. O que faz com que você seja afetado por uma crise econômica? falta de grana, talquei? Sim, dinheiro nãp traz felicidade , mas a falta dele gera infelicidade. Aí você começa a ouvir que o Brasil vai quebrar e precisa do seu sacrifício, ao servidor público uma granada em seu bolso e sorria, você está empregado. Aos pequenos empresários deixa a boiada passar e você nâo passa de ‘empresinha’ e o governo tem de salvar as grandes, talquei?
Mas aí eu vou verificar, onde está o dinheiro do Brasil? não vou lhes cansar com aquelas enfadonhas definições de M1, M2…M4. Quero apenas copiar o texto que agora puxei do site do banco central:
“A base monetária situou-se em R$336,7 bilhões em abril, expansões de 9,5% no mês e de 20,4% em doze meses. No mês, o papel-moeda emitido cresceu 12,2% e as reservas bancárias declinaram 5,3%. Entre os fluxos mensais dos fatores condicionantes da base monetária, de forma expansionista, destacaram-se as operações do Tesouro Nacional, R$103,2 bilhões, as operações com derivativos, R$8,3 bilhões, e as operações da Linha Temporária Especial de Liquidez (Debêntures), R$ 1,4 bilhões. Apresentaram impacto contracionista as operações do setor externo, R$38,4 bilhões, decorrente das operações de venda à vista de moeda estrangeira e de recompra a termo; os depósitos de instituições financeiras, R$29,1 bilhões (destacando-se os recolhimentos de recursos de depósitos a prazo, R$24,4 bilhões); e operações com títulos públicos federais, R$12,8 bilhões (resultado de resgates líquidos de R$85,6 bilhões no mercado primário e de vendas líquidas de R$98,4 bilhões no mercado secundário).
Os meios de pagamento restritos (M1) atingiram R$460,4 bilhões, aumento de 8,1% no mês, decorrente do avanço de 11,3% do papel-moeda em poder do público e de 4,9% nos depósitos à vista. Considerando-se dados dessazonalizados, o M1 avançou 7,3% no mês.
O M2 registrou expansão de 5,4% no mês, totalizando R$3,4 trilhões, refletindo, além do crescimento no saldo do M1, o aumento de 5,7% nos saldos dos títulos emitidos por instituições financeiras (certificados de depósitos a prazo) e de 3,4% no saldo dos depósitos de poupança. No mês, foram registradas captações líquidas de R$123,7 bilhões nos depósitos a prazo e de R$30,5 bilhões nos depósitos de poupança. O M3 avançou 2,3% no mês, atingindo R$7,0 trilhões, apesar do recuo de 0,8% no saldo das quotas de fundos do mercado monetário, que atingiu R$3,4 trilhões. O M4 registrou aumento de 1,8% no mês e de 9,2% nos últimos 12 meses, encerrando o mês em R$7,4 trilhões. (BCB, 2020)
Entendeu? não? talquei, vamos lá, a base monetária cresceu e o dinheiro não está em sua mão. O M1, aquela grana que serve de meio de pagamento imediato cresceu, o papel moeda foi maior em 11,3% e os depósitos a vista nos bancos chegaram em 4,9% a mais, e a inflação em queda.
Aí eu pergunto novamente : ONDE ESTÁ O DINHEIRO?”
Agora sim. Senhores, o que estou indagando é, o Capital nunca perde, a base monetária em abril cresceu e o M1 que é a grana em circulação nas mãos das pessoas e depositados nas contas bancárias cresceu. E mesmo assim falta dinheiro para pagar folha de pagamentos, pagar boletos, etc…