A placa é um exemplo em bronze de um estilo político: registra a presença do senador Antônio Carlos Magalhães (ACM), ‘Presidente do Congresso’ e omite o nome do Prefeito Municipal, na época Clailton Mascarenhas, que estava há pouco mais de um ano no cargo sucedendo o falecido prefeito José Falcão da Silva, eleito em 1996, derrotando o grupo de ACM. Não sei se teriam feito o mesmo com Falcão ou se a placa ainda estaria aí…mas isso é outra história.
A avenida Olímpio Vital é um marco na configuração urbana de Feira de Santana. Deu continuidade à Getúlio Vargas,
abriu espaços, arejou e desafogou o centro. De um beco que era tornou-se uma avenida com pista dupla, abrindo a visão para o pôr-do-sol, a rua nova e as serras ao oeste. Além do acesso mais fácil ao Centro de Abastecimento.
abriu espaços, arejou e desafogou o centro. De um beco que era tornou-se uma avenida com pista dupla, abrindo a visão para o pôr-do-sol, a rua nova e as serras ao oeste. Além do acesso mais fácil ao Centro de Abastecimento.
Foi Ruy Barcellos que fez a foto da escultura do vaqueiro caída do pedestal na Olímpio Vital e publicou na sua página no facebook onde fazia jornalismo social aliado a um jornal impresso que distribuía pessoalmente no seu vai-e-vem pela cidade. Ruy via tudo o que acontecia no burburinho do centro, todos os dias, inclusive nos domingos vazios. Era um flaneur (agradeço a lembrança desse termo francês tão adequado a Ruy e ao hábito feirense de ‘bater boca de calça’ no centro da cidade à escritora Alana Freitas na sua cativante crônica nos 187 anos de Feira de Santana publicada no jornal ‘Folha do Estado’.)A escultura não era uma obra de arte de artistas renomados como aquelas que se vê em muitos e importantes
lugares de Salvador. Ao contrário, era anônima, não tinha autoria, quase não era arte, era mais simbolismo feito nas pressas eleitorais, em fibra de vidro revestida e ornada com adereços que foram se deteriorando, ela própria desmilinguindo-se até cair do pedestal e a Prefeitura levar como lixo.
lugares de Salvador. Ao contrário, era anônima, não tinha autoria, quase não era arte, era mais simbolismo feito nas pressas eleitorais, em fibra de vidro revestida e ornada com adereços que foram se deteriorando, ela própria desmilinguindo-se até cair do pedestal e a Prefeitura levar como lixo.Repercuti a nota e a foto de Ruy através do Blog da Feira mas era muito pouco para a indiferença que reina e foi então que Marcio Antonio Silva Dos Santos , o Márcio Punk, entrou em cena com a performance da foto e logo em seguida, utilizando um manequim de lojas da marechal, vestiu calça e jaleco, colocou chicote na mão e chapéu na cabeça e pregou no pedestal vazio deixado pelo vaqueiro velho. Milhares de pessoas que passam ali todos os dias se divertiram com a escultura-protesto que durou poucos dias, talvez proporcionais aos anos que durou o primeiro vaqueiro.
Márcio encantou-se e não viu uma nova escultura, o quarto vaqueiro da Olímpio Vital. O pedestal continua vazio.
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