Caiu no centro velho comercial da Feira de Santana você há de passar em algum beco. Do Mocó e da Energia são apenas os mais famosos, por serem talvez os mais antigos e próximos à Matriz, como chama-se em Feira a Catedral Metropolitana de Senhora Sant’Anna.
O traçado da cidade irradiou-se dessa primeira igreja seguindo as estradas por onde passavam o comércio, as mercadorias, as boiadas do sertão para o recôncavo e litoral, e vice-versa.
Entre a rua de Aurora e a Conselheiro Franco, entre esta e a Sales Barbosa, a Sales com a Senhor dos Passos, estão variados tipos de becos, becos e becos.
Alguns atulhados de comércio, serviços, portas abertas, gente se cruzando em minúsculos passeios, ao pé da calçada, há os que têm apenas frias paredes de armazéns laterais e silêncio de passantes.
Da praça do Nordestino, local onde teria sido sido enforcado Lucas da Feira, o beco desce reto, comprido e estreito (nessas imediações o piso já é de bloquetes tácteis intertravados ecologicamente auto sustentáveis) e vai encontrar-se com a rua de Aurora lá perto da praça Dois de Julho, ali pelo começo da feira de peças usadas e ferro velho.
Como nas esquinas nao avisto nenhuma placa indicativa recorri ao jornalista Wilson Mario freguês de uns barbeiros naquela região que respondeu prontamente pelo zap:
“Se não estou errado leva o nome do coronel Pedra. Era militar da PM baiana.
Era bisavô de Sílvio Pedra, que foi casado com minha irmã mais velha.
Os barbeiros são Zequinha e Celer, este já não corta mais cabelo ou faz barba. Fica mais em sua residência no Sobradinho.
É um ponto de conversas políticas e de futebol.
Val Martins, que atuou como jogador do Fluminense de Feira e foi campeão pelo Flu.
Val é primo do saudoso prefeito Colbert Martins da Silva”
- Primeira página - 16/01/2025
- Todos os caminhos levam ao Tanque da Matinha - 14/01/2025
- O Homem da Kombi - 14/01/2025