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Antonio Rosevaldo
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sexta-feira, 9 de julho de 2021 / Publicado em Cidade, Colunistas, Distritos, Home

O distrito da Matinha e a expansão urbana comprometendo a História

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Que Feira de Santana não tem um bom histórico em cuidar de sua Memória, isso pode ser visto nas intervenções no espaço urbano e a destruição do processo histórico com rupturas agressivas, deixando gerações futuras ao simples imaginar. Tipo assim: ah como seria essa cidade com todas as nascentes? e essa lagoa que começava na Avenida Maria Quitéria e chegava até onde é a Baraúnas? Como era linda a lagoa de Berreca, quem já tomou banho na lagoa do Barreirinho? A Feira livre, os ambulantes do centro da cidade, e chegamos à convivência dos quilombos do distrito da Matinha. Tudo isso ou foi se transformando em mercadoria ou está sendo. O setor imobiliário local tem grande parcela de participação.

As politicas habitacionais implementadas fizeram com que a população mais carente de renda e sobrevivência fosse deslocada para locais distantes, nos últimos 15 anos, a cidade recebeu novos bairros e novos moradores, deixando um vazio nas proximidades do centro da cidade. Assim foram fortalecidos em habitação os bairros do Aviário, Lagoa Subaé, Asa Branca, Panorama e toda uma avenida chamada Iguatemi. O lucro gerado no espaço urbano contempla a camada mais rica que se movimenta ao sabor do dinheiro. Habitando nos primórdios da cidade o centro da cidade, a expansão comercial fez com que a classe dominante fosse morar na Santa Monica. Ainda hoje tem destaque a beleza das mansões ali construídas. Em seguida foram habitar o SIM e como a chegada diária para suas empresas, implicava em um deslocamento convivendo com o caos do trânsito, passaram a demandar novos empreendimentos, aos quais o setor especulativo respondeu de forma predatória.

Novos vetores foram desde então gestados, aqui falo do Vila Olimpia e principalmente do entorno da Artemia Pires que logo cedo congestionou com habitações para a classe média alta. Surge daí a necessidade imperiosa de olhar para o lado Norte da cidade e, assim os olhos se voltam em direção a Matinha, portanto, não é à toa que a Ayrton Senna e a Fraga Maia sofrem intervenções de prolongamentos, tudo obedecendo a uma ótica gestada em 2013 transformando aquela região de zona rural para zona urbana. Aqui começou um processo de grilagem legalizada, onde o poder público praticamente obriga o pequeno agricultor a vender suas terras, que decerto servirão para novos condomínios, tais como aqueles do tipo clube, onde o urbanoide morador do centro adquire um lote e constrói uma fictícia casa de campo. Ao expulsar os moradores de seu habitat natural se corre dentre outros, o risco de matar a cultura quilombola da região. Mas o que é isso para quem já privatizou as lagoas como em alguns condomínios fechados na cidade? O Capital acha belo apenas o vil metal.

Outro problema é que o deslocamento da população para locais mais distantes do centro, implica em incremento do custo de manutenção da área urbana, pois mais investimentos em água, iluminação pública, segurança, transportes, saúde e educação serão demandados. Se a caixa destas vias não for compatível com os deslocamentos dos novos habitantes, teremos uma nova Artemia, congestionada e um novo vetor de expansão se fará presente e poderemos no futuro ter uma conurbação urbana com os municípios limítrofes e nos lucros acontecerão favorecendo a circulação do Capital.

Assim vem sendo construída a Feira de Santana, com o sangue dos inocentes derramado em nome do lucro que monta riquezas inexplicáveis explorando o setor imobiliário. Este último parágrafo tem a pretensão de ser enigmático a quem não conhece Feira. Eu te conheço Feira.

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Antonio Rosevaldo
Economista e Mestre em Desenvolvimento Regional e Urbano. Professor da UEFS e da FAT.
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