Em 2014 a Sociedade Filarmônica 25 de Março, de Feira de Santana, começou a sair da completa inatividade em que vivia há mais de duas décadas, com a criação da Escola de Música Estevam Moura, nome de um de seus mais festejados maestros ao longo de uma história que completou 154 anos.
Maestros Amando Nobre, Tertuliano Santos e Estevam Moura contribuíram para a construção de um acervo de cerca de 600 partituras, muitas delas de compositores feirenses, e que hoje são executadas por outras filarmônicas de várias cidades da Bahia e que foram recuperadas durante esse tempo.
Com a escolinha, a Filarmônica aos poucos foi ocupando outra vez, um lugar de destaque no cenário musical e se reincorporando ao patrimônio imaterial da cidade.
Mas se o nome e respeito à Filarmônica foram revigorados o mesmo não se pode dizer do patrimônio material, a sede da Sociedade à rua Conselheiro Franco, no centro, um prédio centenário que enfeia a rua com seu aspecto arruinado e decadente. O prédio é uma partitura de uma música complicada que a Filarmônica não consegue executar e desafina.
É incrível mas passados todos esses anos, não se conseguiu recursos ou apoios para a restauração do prédio que se deteriora mais a cada dia. A quem recorrer? Ministério Público?
foto:Arquivo BF/2018
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