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Antonio Rosevaldo
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domingo, 19 de junho de 2022 / Publicado em Colunistas, Home

E o PIB, hein? Virou Pibinho

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Acaba de ser divulgado o crescimento do PIB (Produto Interno Brasileiro Bruto) do primeiro trimestre de 2022 e o incremento foi o esperado de 1% sobre o quarto trimestre de 2021, em que pese as costumeiras previsões otimistas de alguns segmentos do mercado financeiro e sua preponderante penetração na mídia tradicional. Alguns chegaram a prever o índice de 1,5%, coisas que as ruas desmentem categoricamente. Ainda assim, bem distante do necessário a fazer este país retomar o caminho para cima na história dos ciclos econômicos e fazer a alegria geral da nação, onde infelizmente, este Pibinho serve apenas a uma minoria que se aproveita da crise instalada na terra onde canta o sabiá.

Segundo o IBGE, a retomada das atividades econômicas de Serviços, que dependem do contato físico social entre as pessoas, aliado ao momento que o setor exportador mais atua vende seus produtos durante o ano, alavancaram isto fez alavancar a economia no período. O setor de serviços deu a maior contribuição com 1%, enquanto a indústria cresceu infimamente 0,1% e a agropecuária recuou 0,9%. Estes números assustam para os demais trimestres de 2022, pois suas imbricações serão mitigadas nos demais setores da economia brasileira. Menos produtos industrializados, menos mercadoria para revender no comércio. Vale salientar que este crescimento não leva a nenhuma euforia em se tratando da recuperação econômica, pois o desemprego insiste em cair lentamente em progressão aritmética e a renda da cai em progressão geométrica, sacrificando o poder de compra de todos, mas atingindo com mais virulência aos trabalhadores de baixa renda que sofrem com a inflação. Enfim a Oferta oferta volta aos poucos pressionada pela demanda que teve no consumo das famílias um crescimento pífio de 0,7% quando comparado com o derradeiro trimestre de 2021. O novo normal, se é que existe, deveria favorecer o consumo, pois estaria atendendo a demanda reprimida do isolamento social no que concerne a serviços como bares e restaurantes, turismo e etc., que fazem parte do consumo, principalmente entre as famílias de maior poder aquisitivo. Entretanto, muitos bares e restaurante quebraram- na pandemia e não reabriram suas portas, outros estabelecimentos congêneres mudaram de local, na busca de reduções de custos, e as novas vagas no setor ofertam salários menores.

 Isto acaba por colocar a economia em risco de, nos próximos trimestres, o PIB cair e escancarar as vísceras da pobreza e da desigualdade social, pois o horizonte para o segundo trimestre é de juros mais altos, inibindo atividade econômica, provocando uma inflação acima de 12%, no acumulado de 12 meses, fazendo poeira nos já combalidos orçamentos domésticos, onde a cada dez famílias, oito se encontram endividadas. A alta dos juros vai ocasionar menos recursos para compra de itens necessários a manutenção da vida, podendo inclusive, aumentar a insegurança alimentar. Nunca é demais lembrar que a guerra na Ucrânia corre o risco de se agravar e os países que tem têm relações comerciais com o Brasil, correm o risco de ter a volta de números alarmantes da pandemia da Covid. O comportamento do BC em travar a Economia através do aumento da taxa de juros pode ser uma medida perversa, basta lembrar que a taxa Selic saiu de 2,0% para 12,75% em um ano e, mesmo assim, a inflação não recuou.

O segundo semestre chega com ameaças veladas no ar, tais como o desabastecimento do diesel, que pode acontecer e, em triste resposta à baixa recuperação do emprego aliado a baixa remuneração de salários, o endividamento das famílias pode aumentar ainda mais. Portanto, não temos nada a comemorar com este 1,0% de crescimento do PIB, pois se trata de um Pibinho que nos deixa preocupados com os dias que virão pela frente.    

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Antonio Rosevaldo
Economista e Mestre em Desenvolvimento Regional e Urbano. Professor da UEFS e da FAT.
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