Vistas do corredor das modernas instalações do SESC/Feira as ruínas do antigo Hospital Dom Pedro de Alcântara parecem um quadro emoldurado na sala de luxo de rica família baiana. A estética da deterioração. Serve aos olhos dos convivas de festa do anfitrião de muitos eventos, espaços e ambientes. Artistas passam sorridentes pelo corredor em busca dos camarins antes do show no Teatro. Há café-concerto, Restaurante, há salas e salas naquela área outrora pátio do Batalhão da PM e do Palácio do Menor. E a ruína ali, como uma pintura na sala de luxo, embora desprezada, compõe, contraditoriamente, a festa. Perceba como o ajardinamento casou com as paredes rústicas. Os convidados das festas nesta casa não precisam saber do que fala aquela arte exposta aos olhos de quem chega e sai. E o anfitrião não explica e nem é perguntado. Se o fazem, e quem o faz? quem? se o fazem silencia como uma paisagem, pois há tanta coisa na festa acontecendo e aquele quadro pode até sair do lugar algum dia que não fará falta, se porá outro no lugar, é um quadro velho, com a moldura cheia de cupins e as traças já destruindo a tela. E todos em silêncio ouvindo aquele barulho de traças e cupins nham nham nham nham
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