Quando assumiu o cargo de prefeito de Feira de Santana, José Raimundo de Azevedo, o professor Zé Raimundo teve a convicção de que faria um governo diFEIrenciado (como escreve Uyatã Raira) e a primeira coisa que fez, em comum acordo com a Secretaria de Comunicação, foi reduzir drásticamente as verbas com a publicidade sobre os atos de governo, o que chama-se, genericamente, de propaganda de governo. Zé Raimundo, e o governo, produziram fatos e atos que realmente impactaram a população, como o surgimento do Feiraguai, a abertura da Olímpio Vital, mas quase nada era motivo para propagandas em veículos de comunicação. O governo, diziam as vozes oficiais, quer mostrar que é econômico com o dinheiro público, é honesto e, claro, diferente. Zé Raimundo andava pelas ruas como um cidadão comum, dançava nas serestas da cidade espalhando aquele sorriso aberto que até hoje mantém, recebia munícipes e estava presente até em ‘batizado de boneca’. Entre os fatos que a imprensa deu boas manchetes está a da tinta xadrez com que o Prefeito simplesmente ridicularizou vereadores de oposição que teimavam em fazer uma narrativa diferente sobre um canal de drenagem construído pela Prefeitura e que passava exatamente na porta da Câmara. Entrou no folclore da política local. Mas se tivessem institutos de pesquisa atuantes naquela época teriam mostrado ao Prefeito que o governo dele, embora simpático, vendendo bem a ideia de honestidade pública, era simplório e não tinha aprovação da população que simplesmente não sabia o que fazia exatamente o governo porque não era divulgado corretamente, o governo não fazia propaganda, o governo economizava. Zé Raimundo não jogou o jogo. Como político não mais reapareceu na cena pública, não teve mais um voto, mas Zé Raimundo voltou como Secretário municipal, umas duas vezes, e em uma delas fez uma mudança radical na Micareta de Feira. Por falar em Micareta…
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