Quando o Mercado fez 100 anos estava em obras e publicamos essa foto. É sorte de Feira de Santana esse mercado ter chegado inteiro aos nossos dias, sem ter se tornado um grande estacionamento para impulsionar o mundo dos veículos. Dizem que um empresário, e depois deputado, chegou a assuntar essa ideia, mas foi contido pelos menos insensatos da época. Na Feira dizem muito e prova-se pouco… Mas o certo é que o mercado sobrevive e vive da pulsão do antigo centro comercial, da atração metropolitana que Feira de Santana exerce sobre as populações das cidades vizinhas. Vive do vai-e-vem de pedestres entre o Calçadão da Sales Barbosa e a Marechal, a Getúlio e Olímpio Vital. Já foi mais prestigiado quando tornou-se de “Arte Popular”. Mas hoje a classe média e os descolados o tratam como àquela tia pela qual se tem o maior respeito mas ir visitá-la é outra história…tenho mais o que fazer…Essa evasão, de gente e valores, se dá normalmente com os centros antigos das cidades. Daí que concepções modernas de gestão pública defendem a valorização (investimentos ) social e cultural desses lugares. A cidade cresce e formam-se outros pólos, de lazer, de comércio, de moradias, mas o centro antigo deve ser referencial cultural e de criatividade econômica. É fundamental, até para a saúde econômica desses pólos periféricos, dar mais importância ao centro antigo. É insensatez por exemplo, retirar do centro as repartições públicas, a Rodoviária, levar o Gabinete do Prefeito para a Artêmia Pires e fazer do Paço ‘Maria Quitéria’ mais um casarão-museu melancólico e silencioso…Deus nos livre das modernagens e da lacração, amém .
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