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André Pomponet
segunda-feira, 25 de setembro de 2023 / Publicado em Colunistas, Home

A reocupação do centro da cidade

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Bastaram pouco mais de 10 anos para que a Feira de Santana passasse por drásticas mudanças em relação ao seu cenário urbano. O interior do Anel de Contorno se despovoou e áreas distantes – algumas até longínquas – adensaram-se, ganhando expressivos contingentes populacionais. Tudo por conta de maciços investimentos – públicos e privados – em novos empreendimentos imobiliários. 

A distribuição da população, obviamente, obedeceu à lógica da disponibilidade de recursos. Os mais abastados, por exemplo, fincaram-se no SIM, no Papagaio, que se tornaram festejados bairros de classe média. Outros, menos afortunados, fixaram residência na Mangabeira, em Santo Antônio dos Prazeres. Por fim, Asa Branca e Pedra Ferrada tornaram-se destinos da parcela mais pobre, dependente de benefícios sociais. 

Até o começo do século o interior do Anel de Contorno era mais densamente povoado. Os muito pobres acotovelavam-se em cortiços, barracos e habitações precárias e a classe média concentrava-se naqueles bairros planejados nas imediações do centro da cidade. Os sólidos investimentos em habitação popular levaram os mais pobres para a periferia; a classe média migrou para os condomínios fechados, com sua estrutura de serviços, mas também afastados do centro. 

Todo esse movimento se refletiu na drástica queda de moradores no interior do Anel de Contorno. Parte dos imóveis desocupados foi reaproveitada para comércio; muitos outros, no entanto, seguem com suas placas de “vende-se”, “aluga-se” ou “vende-se ou aluga-se”. Justamente a região mais nobre da cidade – dotada de infraestrutura de serviços – permanece esvaziada. 

Os movimentos do mercado imobiliário, mundo afora, são sempre assim. Novos espaços urbanos convertem-se em coqueluche e todos migram para eles. O que ficou para trás degrada-se, às vezes durante décadas. Mais à frente é retomado, reocupado, numa nova febre. Imagino que – sabe Deus quando – a Feira de Santana viverá o mesmo movimento. 

O chamado “miolo” da Feira de Santana é nobre demais para permanecer disfuncional, deserto, abandonado. Logo à frente, virá uma frenética corrida para reocupá-lo. Quem viver, verá.

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André Pomponet
André Pomponet
Economista pela Universidade Estadual de Feira de Santana (2002), mestre em Administração pela Universidade Federal da Bahia (2012), exerce o jornalismo desde 1995, quando ingressou no extinto jornal Feira Hoje. Posteriormente, atuou em outros órgãos de comunicação e foi Chefe de Redação da Assessoria de Comunicação Social da Câmara Municipal de Feira de Santana.É colunista do Blog da Feira.
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