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Uma lateral do ônibus passa toda olhando, olhares de admiração e curiosidade. Olha o Castelo! alguns exclamam pros filhos, boquiabertos como social mídia no salão nobre do imponente Paço Maria Quitéria, na Feira de Santana, a nossa terra do ‘tem de tudo’. Do Castelo via-se a ponta da torre despontando sobre a mata de caatinga densa, entrançada, espinhosa, intransponível como uma armadura medieval, mas natural, uma mata de cactáceas e bromeliáceas protegendo as terras e o Castelo do advogado Oyama Jaqueira.
(Por destino feirense, Feira, eu te conheço, vivi o começo da construção do Castelo, lá pelo final da década de 70 e começo de 80 do século passado: Oyama foi um dos primeiros clientes de Edmilson Amorim, um sertanejo, como se diz hoje, empreendedor, migrante do oeste potiguar, pai de uma moça que me fez vir também para Bahia, baiano, graças a Deus.)
Agora, o Castelo da Matinha, ei-lo por inteiro, sem a armadura da caatinga a lhe cingir entradas e saliências , desprovido do esconderijo, aos olhos plenos dos súditos curiosos. O Rei morreu, o Castelo está nu. O que virá depois dessa exibição? O mistério do Castelo continua, os castelos, reais e imaginários, são todos misteriosos. Que sejam!
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