A Ponte Ferroviária da Matinha ninguém conhece porque está dentro do pasto de uma fazenda. Não tem trilha até lá e chega-se, de um lado do rio, através de um curral de bezerros não muito pacíficos com estranhos. Ao lugar da ponte vai o gado e vaqueiro cuidadoso cavalgando à beira do rio Pojuca, que naquele trecho, nas chuvas, tem água piscosa, limpa e convidativa ao banho.
Ela, a ponte, está lá, adormecida no esquecimento e na inutilidade dos tempos. Quem se lembra dela, quem liga pra ela? Ciclistas passam próximo a ela, e como tem uma ruína de velha ponte na passagem que fazem para o Povoado Da Linha, acham que conhecem a ponte. Sim, conheço, muitos dizem, sem darem tempo a entender que não é aquela ponte da jovial certeza dele. Essa ponte que todos conhecem são dois pilares velhos e cheios de lodo nas pedras aparentes lembrando que ali era uma passagem.
Já a ponte do sonho da estrada de ferro…
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