Quem pensou que por ter sido cadastrado pela Prefeitura de Feira de Santana como camelô da Sales Barbosa ou da Marechal tem garantida a ocupação de um espaço no Shopping Popular está enganado.
A ‘Concessionária’, ou seja, o Shopping Popular tem até cinco anos para arranjar uma colocação para os cadastrados, de acordo com a cláusula 12 do contrato assinado entre o Consórcio liderado pelo empresário Elias Tergilene e a Prefeitura de Feira de Santana.
Isso significa que mesmo cadastrado o camelô que sair das ruas do centro poderá ficar sem trabalho pois a empresa do shopping popular pode não absorvê-lo em até cinco anos.
A mesma cláusula contratual permite ao Shopping alugar para não-camelôs e não-cadastrados aquele espaço que seria destinado ao camelô cadastrado que nao foi ‘absorvido’.
Em face disso, a Prefeitura ‘costura’ acordos com ambulantes para irem trabalhar em feiras semanais ou aguardar a consecução de um projeto denominado ‘Feira Itinerante’.
A cláusula 12 simplesmente anula qualquer condicionamento do shopping à chamada lista de cadastrados que a Prefeitura disse ter mas nunca apresentou.
Aberrações contratuais como essa foram motivos de ‘acalorada discussão’ na Câmara de Vereadores na semana passada, após o advogado de ambulantes, Rodrigo Lemos, usar a ‘Tribuna Livre’ para apontar esse e outros desvios de objetivos do empreendimento que custa ao tesouro municipal cerca de 13 milhões em dinheiro e a cessão de área no Centro de Abastecimento onde está sendo co struído o shopping.
O shopping popular está se tornando um escândalo.
O líder do governo na Câmara, vereador Marcos Lima, sugeriu, e foi acatada, a realização de uma ampla audiêncianpública com a presença do empresário Tergilene e o secretário Borges Junior.
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