Muitas verdureiras que permanecem debaixo da grande estrutura de concreto, acreditam que o Centro de Abastecimento vai voltar a viver.
Está morto, mas depois ‘véve’, me disse uma senhora entre os galpões ‘das Farinhas’ e ‘das Carnes’, assentada com sua banca sobre os monturos da construção agora cheios de lama provocada pelas chuvas que inundam a cidade da Feira de Santana.
O quadro não é nada agradável de se ver e descrevê-lo se torna quase uma tortura para quem já viu a alegria do local.
As gigantescas colunas da construção deixaram os galpões ilhados e presos sob um grande estacionamento, principalmente esses dois citados acima, por onde circula o médio comércio do velho Centro de Abastecimento.
Fecharam as entradas e saídas dos galpões, o ambiente ficou penumbroso, lúgubre e com indesejável aspecto de sujeira e marginalidade.
“Depois véve” a frase da velha é a voz da esperança e da conformação. Que todos temos ou devemos ter quando a situação é difícil. Os clientes foram embora. Mas voltarão.
“Está vendo aquela porta fechada?”, me aponta um dono de boxe no Galpão das Farinhas, “vai ser o elevador do estacionamento”. Os clientes virão por ali, ele fala enquanto o olho observa atento por algum cliente para suas mesas vazias.
Comi meu cuscuz com porco cozido e ‘me piquei’
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