
O jornalista Glauco Wanderley escreveu no Sala de Notícia sobre a formação da Frente Democrática Progressista” em Feira de Santana.
por Glauco Wanderley
Desde os tempos já longínquos do populismo colberzista que a esquerda em Feira de Santana nem sequer se aproxima de ganhar uma eleição.
A última vez que não teve José Ronaldo na disputa, 1996, o segundo turno foi disputado por José Falcão e Josué Mello.
Quem tem votação mais expressiva desse lado é o PT, propriedade municipal de Zé Neto, que no entanto até hoje tem passado muito longe de ter chance de ganhar.
Surgiu o rasta Jhonatas Monteiro, mas embora bem votado para a pobreza de recursos financeiros e de tempo de propaganda, é pouco mais que figurante.
Agora a esquerda tenta outro caminho, anunciando a unidade de diversos partidos pequenos no plano municipal (Rede, PC do B, PV e PSB), apostando em Roberto Tourinho e Ângelo Almeida para o Executivo. Ambos, de novidade não têm nada.
Um é recordista em mandatos como vereador, outro foi deputado algumas vezes, por meio de acordos partidários que o alçaram da suplência à vaga precária na Assembleia Legislativa.
Tourinho já esteve como secretário em diferentes pastas, no governo do pai e no de José Ronaldo. Não é, pois, figura tão distante do universo que detém o poder em Feira de Santana há muito, muito, tempo.
Como que a confirmar a ponte do continuísmo, ao lado de ambos na reunião aparece a ubíqua vereadora Eremita Mota, disposta sempre a proclamar independência enquanto apoia de A a Zé.
Parece pouco para convencer eleitor que queira mudança. Mas é ele, o eleitor, quem decide. Vai que se convence!
É importante ressaltar que começam tarde e mais tarde ainda ficará, porque só em maio decidem quem encabeça a chapa.