
A pessoa vai pras ruas, anda por todos os locais, contribui com as aglomerações naturais que se formam, depois liga para programas de rádio questionando por que a Prefeitura não faz fiscalização para evitar as aglomerações….
Eu chamo isso, vulgarmente, de ‘lógica do escrotismo‘, para não ter que empolar repetidos axiomas relativos ao exercício da cidadania, às competências e deveres do indivíduo, à consciência de pertencimento ou responsabilidade social. Isso fica para os constitucionalistas. Vou no popular.
Para o ‘cidadão escroto’, o culpado pela água suja no pé da calçada é sempre o vizinho, embora ele faça o mesmo, ou por falta de saneamento ou por descaso. Mas o culpado é o outro, “a água dele fede mais”…
O que vemos? um cristinianismo não do ‘amor ao’ mas do ‘culpar o próximo’....
Geralmente o cidadão escroto é fiscalista e policialesco. Por ele os governos teriam batalhões de fiscais. Por isso aquela histeria fiscalista do tempo do presidente Sarney pegou….e ainda pega. O que faz esse governo federal a não ser atiçar essa ‘cidadania da violência‘? geralmente uma auto-defesa e encobrimento de erros e crimes mais tenebrosos do que aqueles que ele aponta…
Hoje um ouvinte de um desses programas matutinos de nossa cidade, chegou a sugerir que a Prefeitura criasse um ‘batalhão especial’ para fiscalizar as aglomerações. Eu imaginei as ruas aglomeradas de guardas contratados para evitar aglomerações. VTNC.