O que esperar de um governo opressor, ditador, fascista e que caminha na linha da colonização do pensamento? A data do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), deste ano não foi adiada mesmo com a paralisação das aulas em todo país. Isto, mais uma vez escancara a linha da desigualdade, pois dessa maneira, alunos da rede pública de ensino serão prejudicados. A epidemia do coronavírus afeta o mundo e mantém os brasileiros em um necessário isolamento social. Neste momento de pandemia as possibilidades de ensino e aprendizagem estão limitadas.
O calendário das aulas está suspenso e muitos alunos não tem acesso a tecnologias como: internet e computador o que possibilita acompanhar atividades escolares. Em um país onde parte da população tem dificuldade de abastecimento de água potável o ensino à distância neste momento é delírio dos que nunca pisaram em uma escola pública, covardia dos que nunca estudaram ou lecionaram em uma escola pública e não sabe o que é aluno faltar aula porque não tinha o dinheiro do transporte. É desumanidade dos que se tornam gestores do MEC e nunca, nunca foi professor ou professora de uma escola pública, não conhecem a realidade e as dificuldades de muitos alunos para estudar. A educação é direito de todo cidadão brasileiro, mas o Ministério da Educação se recusa a reconhecer um direito constitucional e insiste em não adiar a data do Enem. Isso mostra a balela da meritocracia brasileira o plano de sabotagem da justiça social. Pois a única maneira de promover justiça em um país tão injusto e desigual como o Brasil é pela educação.
Por qual motivo o ministro da educação insiste em realizar o exame em 2020?
Qual é o sentido da educação brasileira? Produzir números?
Manter a data do exame é demonstração de desumanidade, ato de injustiça com os mais desfavorecidos.
Nas redes sociais existem várias campanhas que tentam sensibilizar as autoridades responsáveis, mas a política desumana de exclusão segue a todo vapor e com dinheiro público, pois o MEC dissimuladamente lançou uma propaganda em rede nacional que diz: “ estude, de qualquer lugar, de diferentes formas, pela internet”. A propaganda que trata a educação como mercadoria revela o quanto as políticas de base para educação não têm empatia e sensibilidade com os alunos. Estão cerceando o direito de aprender.
Em um país que carrega as marcas da desigualdade impostas pela escravidão. Manter a data do ENEM esse ano é manter os privilégios da classe dominante e retirar a seguridade de Direitos de quem tem poucas oportunidades.
A educação deve ser uma política pública de inclusão social e de justiça social. Portanto, não adiar a data do Exame Nacional do Ensino Médio, é propagar uma política cruel de exclusão e injustiça. Não é ético. Os valores humanos devem se sobrepor a ideologias de exclusão capitalista. A razão humanista deve prevalecer. Adiar o Enem é garantir o Direito de aprender dos estudantes. Para assim, promover uma educação libertária, emancipadora onde a educação bancária não prevaleça.