Eu vi o vaqueiro, e seu jaleco singularmente baiano, comprando milho assado no braseiro numa esquina do centro de Feira de Santana. Exatamente na velha rua, a primária, aquela nascida no alinhamento da igrejinha erguida pelos pioneiros para a devoção à avó de Jesus que hoje, sabe Santana por que, chama-se Conselheiro Franco, que vem a ser um senador, carioca, do tempo da monarquia no Brasil.
Na outra esquina está o prédio da Casa das Lâmpadas com fachada pejada de combongós e panos de concreto pintados com um alaranjado que recebe com festas o famoso sol poente da Feira. Uma edificação arquitetada por Amélio Amorim, um guru da estética feirense que dispensa maiores informações por aqui.
Já venho de outra esquina não tão vetusta como essas duas, apesar dos nomes – avenida Sampaio com Barão do Rio Branco. As memórias aqui são mais recentes e não estão apenas nos livros ou na tradição. De um lado, funcionou o JoBar (que tornou-se depois churrascaria) e no outro a funerária ‘A Decorativa’, de Lauritezen Bastos, que faleceu em 2016.
E da Estação Rodoviária, onde o painel de Lênio Braga feito há mais de 50 anos, retrata quase fielmente o mesmo vaqueiro da esquina da Conselheiro comprando milho assado, esse aqui, porém, no meio da velha feira das segundas-feiras na Feira de Santana.
Por fim, vou jogar dama no banco da matriz onde talvez chegue para uma partidinha básica o magnífico ex-reitor da Uefs, José Carlos Barreto de Santana.
Tudo isso foi antes da pandemia e da reabertura dos restaurantes nesta terça-feira. Bares e botecos continuam fechados.
No mais, boa semana.
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