Sinceramente, você acha que este cacete armado tem condições de resolver o problema dos camelôs no centro de Feira de Santana? Vamos lá , o grupo UAI, dono do prédio, construído em terreno público, diz que está apto a receber 1800 ambulantes. Hoje, estimamos em 13 mil ambulantes comercializando em Feira.
Viu? A conta não bate, não tem como resolver o problema. E você leitor(a) pode observar que para construir este armengue, a prefeitura expulsou centenas de trabalhadores, incluindo os artesãos que, por sinal,estão literalmente morrendo de desgosto e necessidades, devido à falta de vendas, onde foram empilhados num prédio armengado. Pessoas de idade avançada não suportaram o corte de sua rotina e modo de sobrevivência e, simplesmente se entregaram à depressão, AVCs, infartos e outras comorbidades. Se você duvida, tente dar uma passada no armengue em que colocaram os mesmos, a tristeza impera naquele local. Pois então, eles saíram do centro de abastecimento para dar lugar a construção do cacete armado.Outros seres humanos que vendiam produtos, tiveram de subir para aMarechal Deodoro e tentar vender e sobreviver.
Agora a prefeitura está tocando o terror, obrigando os pobres trabalhadores do centro a alugarem boxes com preços de R$600 a R$800 por mês, coisa que a maioria não tem condições de pagar, apenas com o intuito de produzir imagens para uma campanha eleitoral.
Tem sido linda a resistência dos trabalhadores do centro, condutores de sua luta, escapando dos oportunistas, que desejam se aparecer as custas do seu sofrimento, alguns até induzindo ao confronto físico, mas eles sabem a dor e a delícia de ser o que são.
Lutam, mostram a cidade que sua sobrevivência faz a cidade ter a cara que leva o seu nome : Feira de Santana e não Feira de Político sem expressão. Não temos mais aqui um Chico Pinto, um político de expressão nacional e até mundial. Temos apenas líderes locais, empresários locais, em tempos globais, somos locais, mas os camelôs, ah estes são mundiais.
A cidade precisa aprender a conviver com estes seres humanos. Já construíram o Centro de Abastecimento e eles voltaram. Agora este cacete armado, que não resolve o dia a dia da cidade, a cidade é nossa, minha, sua e dos camelôs.